Dizem que é para esperarmos o pior, hoje depois e a ver acreditei nisso.
É incrível a força que ela faz para falar, para sorrir e para se mostrar bem, mesmo nos sabendo que não é essa a realidade, e ela também. Sempre quiz lutar sozinha, e continua a querer, como se fosse mais fácil assim quando todos sabemos que não é.
Não sou uma pessoa de muita fé é verdade, mas nestas alturas uma pessoa agarra-se a tudo. Enquanto subia ao terceiro piso pedi para me aguentar sem chorar, pedi muito, e aguentei. Apesar da cor dela, das dores dela e do incansável sorriso dela, aguentei sem chorar. Eu e o meu irmão. Mal saímos porta fora ele larga-se a chorar, a salussar. Eu sempre soube que ele a adorava, sempre a tratou por madrinha apesar de não ser, aliás, eu costumava brincar com ele e dizer "é madrinha mas não é tua, é minha" mas a verdade é que sempre foi de nos dois, por igual.
Amanhã é outro dia, e apesar de nos começarmos a habituar a idéia que a estadia dela aqui não irá ser muito prolongada, lá no fundo acreditamos num milagre...